EMPRESÁRIO DIZ QUE HOUVE FRAUDE NA LICITAÇÃO EM MUCURI CONCORRÊNCIA PARA RECAPEAR RUAS DA CIDADE VIROU “BALCÃO DE NEGÓCIOS”.
Empresário diz que houve fraude na licitação em Mucuri
Concorrência para recapear ruas da cidade virou “balcão de negócios”.
O advogado da empresa Viver Empreendimentos, Adriano Salvador dos Santos, apresentou ao Presidente da Comissão de Licitação do Município de Mucuri, no extremo sul da Bahia, um pedido de anulação da concorrência pública que pretendia contratar uma empresa para realização de serviços de drenagem e recapeamento do asfalto das ruas na cidade.
De acordo com Santos, o processo virou um verdadeiro “balcão de negócios”, e a Comissão teria feito “vistas grossas” a várias suspeitas de irregularidades durante a abertura de envelopes com os documentos de habilitação fiscal e as propostas de cada empresa, o que levou ao proprietário da Viver Empreendimentos, Sr. Wellington, um dos participantes do certame, a pedir o cancelamento da licitação.
Tudo começou na segunda feira, dia 8. Após a abertura dos referidos envelopes, um dos representantes das 11 empresas que estavam na licitação alegou ter sumido os seus documentos de habilitação fiscal, depois de ter chegado à sede da Prefeitura de Mucuri. Após o referido envelope ter sido procurado e dado como desaparecido, a Polícia Militar foi chamada e informou que não poderia atuar no caso, informando que registro de perda de documentos seria de responsabilidade da Polícia Civil. O boletim de ocorrência sobre o fato foi registrado na delegacia de Mucuri por volta das 3 da tarde. Porém, o representante da Viver Empreendimentos afirma que a Comissão de Licitação deu o direito a empresa que teria perdido a documentação, apresentá-la novamente na quarta feira dia 10, o que tornaria inválido todo o processo de contratação.
O empresário Wellington disse ainda que na reunião da quarta-feira, 10, percebeu que uma mesma pessoa representava pelo menos três empresas, e que presenciou no decorrer do encontro uma “negociação nos bastidores” para beneficiar uma destas empresas a Pavicol.
De acordo com o empresário, em contato via celular com o prefeito Roberto Carlos Figueiredo Costa, o Robertinho, e ao explicar que poderia haver irregularidades no processo, pedindo seu cancelamento, o prefeito teria dito somente “tome as providências”. Ainda segundo Wellington, a Comissão de Licitação teria feito “vistas grossas” para as “negociações” que aconteceram entre os participantes da concorrência. O pedido de anulação será analisado pela Comissão, que ainda não se manifestou sobre o caso.