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“Profecia” de Petraglia sobre SAF se cumpre em venda de Vitor Roque ao Barcelona; compare times e valores

O presidente do Athletico, Mario Celso Petraglia, comprovou uma de suas teses após quase um ano e meio. A venda do atacante Vitor Roque ao Barcelona por cerca de R$ 400 milhões praticamente igualou os valores envolvidos nas vendas das Sociedade Anônima do Futebol (SAF) de Botafogo e Cruzeiro.

Em fevereiro de 2022, o dirigente rubro-negro criticou a negociação das SAF´s dos primeiros clubes brasileiros. Na ocasião, ele disse que a quantia “era o preço de um jogador”.

Fogão e Raposa foram vendidos por R$ 400 milhões com 90% para John Textor e Ronaldo Fenômeno, respectivamente. O Vasco fechou pouco depois por R$ 700 milhões de 70% e vive uma crise na relação com a 777 Partners.

Custo total da venda de Vitor Roque: 74 milhões de euros (R$ 394,8 milhões na cotação atual)
Venda da SAF do Cruzeiro: R$ 400 milhões
Venda da SAF do Botafogo: R$ 400 milhões
O que estamos vendo atualmente são os clubes se entregando a investidores por preços absurdamente baixos. É o preço de um jogador
— Mario Celso Petraglia, ao UmDois Esportes, em 2022
Vale pontuar que o valor fixo pago pelo Barcelona por Vitor Roque é de 40 milhões de euros (R$ 213,4 milhões) por 65% dos direitos econômicos do Athletico e 15% do América-MG. O Furacão manteve 20% para eventual revenda.

Além disso, são 21 milhões de euros (R$ 112 milhões) de bônus, entre gols, partidas, títulos, finalista da Bola de Ouro e conquista a Bola de Ouro. Outros 13 milhões de euros (R$ 69,3 milhões) são de impostos e taxas, chegando assim aos 74 milhões de euros.

Os compradores de Botafogo e Cruzeiro, contudo, argumentam que a dívida tem que estar inclusa na conta. Tanto Fogo quanto Raposa possuem débitos acima de R$ 1 bilhão, de acordo com o balanço financeiro de 2022.

  • Muitos torcedores contestam que eu peguei o Cruzeiro barato, não foi barato. Eu peguei o Cruzeiro com R$ 1 bilhão a menos. Agora que está bem, está na Série A e a gente aprovou a recuperação judicial, mas ninguém quis lá (na época da venda) – ponderou Ronaldo Fenômeno ao podcast Mano a Mano.
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O mandatário do Furacão, que está afastado do cargo desde junho por questões de saúde, pontuou que as negociações foram reflexos da forma amadora que o futebol brasileiros viveu nas últimas décadas.

Ele também citou a desvalorização do produto para ser vendido ao exterior. Até agora, os clubes ainda não entraram em acordo para a formação de uma liga e divergem na divisão das cotas. No momento, são três grupos diferentes.

Neste ano, Petraglia admitiu que o grupo City procurou o Furacão antes de acertar a compra do Bahia por R$ 1 bilhão. À época, o presidente afirmou que o clube atleticano se transformaria na empresa de futebol mais valorizada do país.

Ele ainda cravou que o Athletico vai rivalizar com River Plate, Boca Juniors e Flamengo – o Furacão foi vice da Libertadores no ano passado e em 2005.

A SAF do Athletico
Os sócios do Athletico aprovaram a mudança para clube-empresa em novembro de 2021. Já em fevereiro de 2023, os Conselhos também deram o aval.

O exemplo inicial de modelo prevê a criação da CAP SAF com uma ação de propriedade Classe A e 100% de ações Classe B.

A Classe A representa o chamado “Golden Share”, que dá direito à FUNCAP de veto nas futuras decisões do clube. A entidade poderia vetar mudanças radicais no clube, como mudança de cidade, das cores, símbolos, entre outros. Já as ações da Classe B seriam divididas 50% entre o Athletico e 50% entre os investidores.

Segundo Petraglia, o Furacão avalia sua posição e valor de investimento no mercado para poder ter argumentos em uma eventual venda.

Fonte: GloboEsporte

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