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Paiva explica Everaldo e Ademir no banco do Bahia e destaca vitória sobre o Palmeiras: “Orgulhoso”

O Bahia derrubou o último time invicto na Série A ao vencer o Palmeiras por 1 a 0, na noite desta quarta-feira, pela 11ª rodada da Série A. Na Arena Fonte Nova, o Tricolor contou com gol marcado por Thaciano nos acréscimos para encerrar um jejum de oito partidas sem triunfos.

Com o resultado, o Bahia encerrou também um jejum de 35 anos sem vencer o Palmeiras como mandante.
Na entrevista coletiva após a partida, o técnico Renato Paiva avaliou alternância de domínio nas ações.

  • Jogo contra enorme equipe, campeã nacional, que enfrenta muito bem todos os momentos do jogo. Tínhamos que nivelar muitas coisas para vencer esse jogo, nossa forma compacta de atacar e defender. A velocidade dos pontas do Palmeiras é uma arma. Acho que foi um jogo dividido. Nosso grande mérito foi ter estado melhor que o Palmeiras em muitos momentos. Em outros momentos o Palmeiras esteve melhor. Soubemos sofrer. Jogo equilibrado, na minha opinião, o que, para mim, é um elogio olhando a história do técnico e da equipe. Olho para minha equipe e vejo os jogadores crescerem e acreditarem no trabalho.

Em campo, o técnico Renato Paiva fez mudanças no time titular com a entrada de Vinícius Mingotti no lugar de Everaldo. Recuperado de lesão, Ademir ficou no banco de reservas e ainda assim foi punido com o terceiro cartão amarelo (não enfrenta o Fluminense).

  • Mingotti fez uma semana absolutamente extraordinária de treino. E para aquilo que era a análise da última linha defensiva do Palmeiras, muito homem a homem, individual, ele era um jogador de característica para o nosso plano de jogo, mais que o Everaldo. Somar a boa semana dele, não que o Everaldo tenha feito, e pelas características para o jogo. Ademir estava escalado, depois do almoço no hotel começou a se sentir mal disposto, depois chegou ao vestiário e vomitou. Não fez o aquecimento, levou o terceiro cartão amarelo e não vai jogar com o Fluminense. Esperamos que melhore e enfrente o Grêmio. Agora, é verdade, com a questão do Grêmio, se levasse cartão ia ficar sem jogar outra vez, como já levou o cartão não enfrentará o Fluminense. Como temos o Everaldo com cartão, o Marcos. Portanto, agora, uma semana e dois dias para preprarar para o Fluminense, vamos ver quem vai jogar. Vou falar com meu treinador de goleiros, o Rui, e vamos definir isso em dois dias.

Com o resultado desta noite, o Bahia pulou para a 14ª posição, na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro.

  • Mantenho a mesma tranquilidade, serenidade, que mostrei, e o mesmo equilíbrio, palavra que dou mais valor na minha vida. Quando não ganhávamos, quando havia contestação, mas crença, fé, na equipe, nos jogadores, mais importantes para o jogo. Era uma ameaça entrar na zona de rebaixamento, hoje é menos. Mas o campeonato é volátil, qualquer time pode ganhar de qualquer time. Fizemos a 11ª rodada hoje, faltam tantas. Não quero estar na zona de rebaixamento, mas entrar não significa que vamos ser rebaixados, mas estar em décimo não significa que não vamos. Fortaleza ano passado passou várias rodadas na zona e, depois, se garantiu na Libertadores. Essa equipe vai nos dar muitas alegrias e fazer um trabalho muito competente este ano.

O Campeonato Brasileiro volta a aparecer no calendário do Bahia neste sábado, quando o Tricolor visita o Fluminense, em compromisso válido pela 12ª rodada. A partida, no Maracanã, tem início marcado para as 18h30 (de Brasília).

Veja outros trechos da entrevista coletiva de Renato Paiva:
Fim do jejum contra o Palmeiras

  • O mister Evaristo fará aniversário, foi ele o treinador que ganhou o Palmeiras em casa [até então pela última vez]. Quando cheguei, disse que gostaria muito de honrar e estar à altura do que foi esse enorme treinador. Não sei se serei campeão no Bahia, mas pelo menos honrar com esforço, trabalho, qualidade e esses momentos importantes. Quando cheguei disse que queria estar à sua altura, elogiei também uma parte muito importante que é a torcida. Praticamente em todas coletivas, o que mais fiz foi elogiar a torcida do Bahia, força, como apoia a equipe. Pontualmente pedi para não vaiar nos jogos. Sempre valorizei a força da torcida.

Recado para torcida

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  • Doeu muito ouvir muita coisa sobre falta de respeito numa frase que fui mal interpretado. Vou esclarecer. Disse que quem me avalia meu trabalho é o Grupo City, não em termos de resultados, mas em termos de trabalho diário, pessoas que acompanham o meu trabalho. Esclarecer que não quis deixar de fora ninguém, nem a massa humana que é a torcida do Bahia. Quase todas as coletivas valorizei a torcida, me senti injustiçado. Sei que a emoção de resultados ruins pesam, apesar de termos perdido um nos últimos sete, mas também não ganhávamos. Não foi de forma nenhuma o que quis dizer, fui mal interpretado. E na mesma entrevista digo que a torcida tem direito a opinião. Eles nos apoiaram hoje, sempre tiveram ao nosso lado, nos momentos difíceis.

Avaliação do jogo

  • A partir daqui, o futebol tem essa magia, tem essas coisas. Você sofre 20 finalizações, cria uma chance e sai do zero. Não é fácil vencer o Palmeiras, principalmente nos últimos anos, com o Abel. Queria ter mais bola e tirar a bola do Palmeiras, mas são muito competentes no ataque. Difícil controlar os pontas deles, muito rápidos e técnicos. Preocupação de evitar as meias distâncias do Zé, do Gabriel, tinha que ser uma equipe compacta, sólida, combativa, e fomos num jogo que sabia que o talento ia dar mais espaço para a luta, intensidade. Tivemos momentos interessantes, primeiros 15 minutos nossos são extraordinários, depois o Palmeiras equilibra. Na segunda parte, o jogo perdeu alguma qualidade, com o cansaço, talvez, mas estou muito orgulhoso dos jogadores com essa vitória.

Problemas na zaga

  • [Saída de Vitor Hugo] foi cãibra, foi mais para poupar o jogador. Não foi lesão. Tivemos seis treinos até aqui, acho que isso não é condição obrigatória para ganhar, tem que ser para competir, ser coletivo, mais equipe e poder equilibrar o jogo. Contra o Palmeiras jogávamos contra a única equipe invicta, campeão nacional, com o mesmo treinador e com quase o mesmo time ganhou duas Libertadores e vai ganhando títulos e títulos. Os dias de trabalho ajudaram, mas se não ganhássemos ia ser mais um daqueles todos que não ganharam o Palmeiras. Tivemos que fazer uma noite quase perfeita, pedi que os jogadores competissem sem medo, personalidade, crença no trabalho, no plano de jogo e equilibrar o jogo. São onze contra onze. Mesmo se não ganhassem, queria que competissem. Perdemos o David [Duarte], questão também complicada, joelho, e vão saindo uns e entrando outros. O treinador tem que encontrar soluções e não se queixar de problemas. Quando os problemas aparecem, tem que ser um solucionador. Pode agradar ou não, mas é feita em base de um trabalho diário, análise, do conhecimento dos jogadores que temos, do sistema que queremos aplicar. Preparar para um jogo é muito complexo, graças a Deus tivemos esse espaço para preparar contra o Palmeiras e não teremos contra o Fluminense. Hoje de manhã estava vendo o Fluminense e à noite tínhamos o Palmeiras. Sinto orgulho, somos cada vez mais uma equipe e como equipe vamos conseguir coisas mais bonitas no campeonato.

Mudança para o 4-4-2

  • O que eu disse, seria irresponsável da minha parte, no meu trabalho diário e no que mais acredito, no treino, gosto mais que do jogo, acredito muito no treino. Se nós não tivemos tempo para fazer essa mudança, seria irresponsável fazê-la. Agora tivemos tempo, fomos trabalhando aos poucos, e passamos a fazer. E agora temos dois esquemas, os adversários não vai saber como vamos jogar até o jogo começar.

Quatro jogos sem perder

  • [Copo] meio cheio ou meio vazio. Analiso sempre meio cheio, tento ser otimista. Qualidade das pessoas que trabalham comigo, do meu trabalho, dos jogadores. Jogadores que entraram hoje foram determinantes em manter o nível de intensidade, qualidade no jogo. Mostra que estão ligados e trabalham mais do que nunca para ajudar, mesmo que seja em dez, 15 ou 30 minutos. Substituições surtiram todas efeito. Olho sempre para o copo meio cheio, e olho para esses jogos como um número de jogos interessante sem perder. Mas se não ganha, não perca, e só perdemos um em sete jogos, perdemos como foi, contra o Internacional. Tem que ser otimista, crente no meu futuro, quando saio e falo aos jogadores no vestiário, do treino todos os dias. Fluminense é outra montanha para subir, ainda mais no Maracanã, que nunca pisei e terei orgulho em pisar. Tem um treinador que admiro em tática e na mensagem que insiste em passar, mensagem que o Fernando passa. Joga numa maneira difícil de controlar. E vamos competir como fizemos hoje.

Busca por equilíbrio

  • Meu coração sofre com esses erros. Hoje tínhamos que tentar sair com a bola porque pelo alto ia ter dois zagueiros fortes na bola aérea, possibilidade de perder a bola era grande. Nos preparamos para um tipo de pressão do Palmeiras, que não aconteceu, em vez de fazer com um, fez com dois. E nós começamos a ser bloqueados. Erros individuais, jogadores que jogam, tenho responsabilidade porque ponho eles para jogar. Mas num jogo tão complexo, muito normal que erros aconteçam. Duas oportunidades do Palmeiras foram por perdas de bola nossa, isso nos preocupa, principalmente quando o erro não é forçado, passe ruim, perda no domínio. Isso só posso controlar fazendo eles evoluírem no treino. Nós como humanos iremos falhar sempre e tento fazer com que eles falhem o mínimo possivel.

Fonte: GloboEsporte

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